sábado, 15 de outubro de 2011

Tratamento com Radioterapia

A radioterapia é um tratamento que utiliza radiações ionizantes. Nos últimos anos, esta modalidade sofreu profundas modificações. As avançadas e precisas técnicas para a administração das doses que são realizadas em modernos equipamentos com alta tecnologia, aliadas a cálculos complexos, feitos por físicos sob orientação dos radioterapeutas, têm como objetivo evitar a exposição do paciente à radiação.

Como numa tentativa de "desviar" dos tecidos e órgãos sadios, atingindo com muito mais precisão o tumor que deve ser destruído, a integração da equipe e os avanços no conhecimento radiobiológico são, também, fatores que contribuem para a diminuição dos efeitos colaterais. Se considerarmos que, hoje, aproximadamente 2/3 dos pacientes com câncer devem fazer radioterapia em alguma etapa do tratamento oncológico, esta é uma preocupação, no mínimo, importante.

A equipe de radioterapia do Hospital A. C. Camargo atua de forma multidisciplinar e integrada com todos os outros serviços do Hospital. Composta por médicos radioterapeutas, físicos e técnicos, conta ainda com o apoio de outras equipes como a enfermagem e a nutrição, por exemplo. Esta união e a especialização dos profissionais no atendimento ao paciente com câncer fazem o diferencial deste serviço.

Existem várias modalidades do tratamento que podem ser administradas antes, depois ou em conjunto com a quimioterapia ou com a cirurgia. As mais comuns são a radioterapia externa (teleterapia) e a de contato (braquiterapia). A teleterapia consiste em aplicações de radiações afastadas do paciente. A braquiterapia é a radiação em contato direto com o tumor do paciente. Para os dois casos são realizadas simulações que definem quais áreas devem ser tratadas e quais devem ser preservadas. A partir de então é feito um planejamento que indica as doses e o período do tratamento.

Vários tipos de planejamento podem ser utilizados, a depender das características de cada caso: Programas bi-dimensionais, tri-dimensionais, de intensidade modulada do feixe, com elétrons de alta energia, etc. Da mesma forma a braquiterapia pode se valer de isótopos de alta taxa de dose para o tratamento ginecológico, da cabeça e pescoço e outras localizações, e sementes radioativas para os tumores oculares e da próstata.


A radioterapia conta, ainda, com o auxílio de informações obtidas pelos exames clínico, anátomo-patológico e de imagem, como o PET-CT, por exemplo, que dá a precisa localização e nível de atividade do tumor. A definição do tratamento (aplicações, doses) é realizada pela equipe multidisciplinar e depende da extensão e localização do tumor. Em todas as situações, o melhor método é selecionado para que a dose se concentre na área do tumor evitando os tecidos normais vizinhos, protegendo os órgãos normais, aumentando as taxas de cura e reduzindo os efeitos colaterais do tratamento.

Inovação
Disponível em poucos centros do país, a radioterapia intra-operatória é uma técnica inovadora que consiste em associar a aplicação de radioterapia à cirurgia, no mesmo ato. Utilizada com freqüência para irradiação parcial da mama, com uma aplicação de dose única, o procedimento substitui as trinta aplicações diárias de radio que deveriam ser realizadas no Hospital. Para viabilizar esta técnica foi projetada uma sala cirúrgica exclusiva na Radioterapia.

Outra novidade, em fase de implantação, é a radiocirurgia, procedimento indicado para tratamento de tumores de difícil acesso no interior do cérebro que permite localizar e tratar as lesões, sem necessidade de cortes.

www.accamargo.org.br

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