domingo, 16 de outubro de 2011

Efeitos Colaterais - Sintomas

Efeitos colaterais Dicas para controlar os sintomas:    

Náuseas e vômitos

O que você deve fazer:

  • Prefira alimentos gelados ou em temperatura ambiente.
  • Faça pequenas refeições em menor intervalo de tempo.
  • Coma devagar e mastigue bem os alimentos.
  • Beba sucos ou chupe gelo ou picolé de frutas cítricas, como limão (se não estiver com feridas na boca) nos intervalos das refeições.
  • Realize suas refeições em lugares bem arejados.

O que você deve evitar:

      
  • Frituras e alimentos gordurosos.
  • Doces concentrados, como compotas, goiabada, marmelada.
  • Condimentos fortes (pimenta, catchup, mostarda, molho inglês, por exemplo).
  • Deitar-se após as refeições.
  • Ficar próximo à cozinha durante o preparo das refeições.
   
Diarreia
    
O que você deve fazer:

  • Consuma líquidos em abundância: chás, sucos coados e principalmente água.
  • Procure ingerir alimentos como batatas, chuchu, cenoura cozida, aipim, inhame, cará, creme de arroz, arroz, macarrão com molho caseiro coado, farinhas, torradas, biscoito água e sal ou de maisena, carnes grelhadas (frango, peixe ou boi).
  • Prefira sucos de frutas coados: limonada, caju, maçã e laranja sem açúcar.
  • Prefira leite de soja.
  • Consuma as frutas: banana-maçã, maçã e pêra sem casca, goiaba sem casca e semente, caju.
  • Consuma apenas o caldo de leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão de bico).


O que você deve evitar:

  • Leite e derivados.
  • Alimentos gordurosos (manteiga, toucinho, banha, creme de leite, por exemplo).
  • Frutas cruas em geral.
  • Frutas e sementes oleaginosas (abacate, coco, nozes, amêndoas, amendoim, castanhas).
  • Condimentos picantes (páprica, pimenta, mostarda, catchup, por exemplo).
  • Conservas em geral (picles, azeitona, palmito, aspargos, milho e ervilha).
  • Embutidos (salsicha, lingüiça, presunto, salame, mortadela, por exemplo).
  • Leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão de bico).
  • Hortaliças cruas: legumes e verduras folhosas.
  • Alimentos de causam flatulência (gases), como couve-flor, brócolis, repolho e ovo.
   
Intestino preso (constipação)
    
O que você deve fazer:

  • Consuma líquidos em abundância (chás, sucos diluídos e principalmente água).
  • Prefira frutas laxativas: ameixa, laranja, mamão, abacate, ameixa seca, manga, banana nanica.
  • Consuma as frutas com casca e bagaço, quando possível.
  • Consuma preferencialmente hortaliças cruas (legumes e verduras).
  • Consuma farelo de cereais (arroz, aveia ou trigo).
  • Consuma produtos integrais (arroz, pães e torradas).
  • Consuma leguminosas regularmente (ervilha, feijão, grão de bico, lentilha, soja, por exemplo).
  • Consuma leite e derivados: iogurte, leite fermentado, mingau de aveia.


O que você deve evitar:

  • Alimentos constipantes, como ricota fresca, queijo branco, sagu, tapioca, maisena, arrozinha, banana prata, banana maçã, pêra, goiaba e maçã sem casca e sem sementes, caju.
   
Boca seca (xerostomia)
    
O que você deve fazer:

  • Prepare as refeições com caldos ou molhos.
  • Se não houver feridas na boca, chupe balas azedas e/ou ácidas, picolés ou gelo e mastigue chicletes (de preferência sabor menta), que podem ajudar a produzir mais saliva.
  • Consumir líquidos em abundância: chás, sucos diluídos e, principalmente, água.


O que você deve evitar:

  • Comer alimentos secos.
   
Feridas na boca (mucosite)
    
O que você deve fazer:

  • Consuma alimentos macios e pastosos.
  • Prefira alimentos gelados ou à temperatura ambiente.
  • Se necessário, utilize alimentos líquidos ou liquidificados.


O que você deve evitar:

  • Alimentos ácidos, picantes ou muito salgados.
  • Alimentos muito quentes.
   
Dor para engolir (odinofagia)
    
O que você deve fazer:

  • Preparar sua refeição na consistência que for mais bem tolerada, que ofereça menor dificuldade para mastigar ou engolir, podendo variar entre branda, pastosa ou líquida (conforme avaliação da fonoaudióloga).
  • Tomar pequenos goles de água ou suco durante as refeições podem ajudar a engolir.
  • Faça as refeições em pequenas quantidades, várias vezes ao dia.

 
Ausência ou alteração de paladar (apetite)
    
O que você deve fazer:

      
  • Enxágue a boca com água pura antes das refeições ou faça bochechos com chá de camomila antes das refeições.
  • Experimente balas azedas e/ou ácidas ou gotas de limão (30 gotas em 1 copo de 200ml) ou gelatina de limão (caso não apresente feridas na boca).
  • Use temperos naturais em maior quantidade, como: manjericão, orégano, salsinha, hortelã, alecrim, coentro, por exemplo.
  • Substitua os talheres de metal pelos de plástico, caso sinta sabor residual metálico.
  • Mantenha boa higiene bucal.


O que você deve evitar:

  • Consumir alimentos muito quentes ou muito gelados.

 
Radioiodoterapia;

É o tratamento que utiliza iodo radioativo (Iodo-131) para o controle dos carcinomas diferenciados da glândula tireóide.

O objetivo é combater às células cancerígenas que ainda restaram na tireóide após a cirurgia (tireoidectomia) ou metástases, sendo destruídas através da radiação emitida pelo iodo.

Os pacientes recebem orientação para realização de uma dieta pobre em iodo, no período que antecede a internação, através do nutricionista ambulatorial. Evitam o consumo de Sal iodado, sal marinho e alimentos salgados, pois são fontes de iodo.

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Controle de Sintomas

Receitas para controle de sintomas


O tratamento quimioterápico, radioterápico e de radioiodoterapia podem apresentar diversos efeitos colaterais. Esse processo, dependendo do paciente, causa alterações no organismo, que podem ser leves ou agudas.
 


Os efeitos têm duração variável e, geralmente, desaparecem após algumas semanas - mas são os grandes responsáveis pela ingestão alimentar insuficiente e, consequentemente, pela perda de peso durante o tratamento.
 


A boa notícia é que estes sintomas desagradáveis podem ser minimizados por meio do uso de medicamentos prescritos pelo médico e com uma avaliação nutricional. Os profissionais, em conjunto, irão avaliar quais são os cuidados necessários com a alimentação durante o período de tratamento.
 


Por isso o Icesp criou um cardápio especial que pode ajudar os pacientes oncológicos a comer melhor. Em breve, o conteúdo completo será divulgado em formato de livro. Mas, desde já, algumas receitas podem ser encontradas aqui.
 


Vale lembrar que nem todos os quimioterápicos ou a radioterapia ocasionam efeitos indesejáveis e cada organismo responde de forma individualizada ao tratamento, dependendo da idade, da condição clínica e nutricional de cada um e da ocorrência da necessidade de tratamentos associados. Por isso, nem todas as pessoas apresentam os efeitos colaterais da quimioterapia ou radioterapia.
 


Entretanto, se os efeitos colaterais manifestarem-se, lembre-se que são temporários. Seja positivo, tenha persistência e determinação em não interromper o tratamento médico. A continuidade do tratamento e o empenho em garantir uma alimentação adequada são fundamentais para a recuperação e manutenção da saúde.
 


Assim, é muito importante que você comunique a seu médico caso apresente algum efeito colateral ou qualquer alteração da sua condição habitual. Procure também um nutricionista para a avaliação, orientação e acompanhamento nutricional visando ajustar a sua dieta e contornar as possíveis reações desagradáveis decorrentes da quimioterapia e/ou radioterapia a fim de prosseguir mais confortavelmente e com mais êxito ao tratamento proposto pelo seu médico.  

Receitas:

Pratos salgados

Cestinhas de folhas (náuseas e vômitos, intestino preso)

Wrap integral de frango e hortaliças (náuseas e vômitos, intestino preso)

Rocambole de fubá (dor para engolir, feridas na boca, náuseas e vômitos, diarreia)

Almôndega de aveia (ausência ou alteração de paladar, náuseas e vômitos, intestino preso)

Arroz Cremoso (dor para engolir, feridas na boca, boca seca)

Sopa de grão de bico com abacaxi (radioiodoterapia, ausência ou alteração de paladar, dor para engolir boca seca, intestino preso)

Sopa de batata doce com alho poro (radioiodoterapia, feridas na boca, boca seca)

 

Pratos doces

Flan de laranja com calda de hortelã (alteração no paladar, dor para engolir, feridas na boca, boca seca, náuseas e vômito)

Flan de melancia (radioiodoterapia, dor para engolir, boca seca)

Sorvete de erva doce com maçã (ausência ou alteração no paladar, dor para engolir, feridas na boca, boca seca, náuseas e vômito)

Banana com cravo e canela (radioiodoterapia, ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca)

Bolo de mel - sem ovo (radioiodoterapia, dor para engolir)

 

Bebidas

Suco de maçã, limão e hortelã (radioiodoterapia, ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômito e diarreia)

Gelo verde (ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômitos)

Suco de couve cítrico (ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômito)

Espumante de maçã com hortelã (radioiodoterapia, ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas e vômitos, diarréia)

Suco de cenoura, tangerina e gengibre (radioiodoterapia, ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, nauseas e vômitos)

Milk-shake de banana (dor para engolir, feridas na boca, boca seca, intestino preso).

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Perguntas frequente sobre o Câncer

1) Devo parar de trabalhar ou realizar minhas atividades diárias após receber o diagnóstico do câncer?

O indicado é tentar manter as atividades diárias e o trabalho normalmente. Contudo, sabe-se que novas atividades farão parte do dia-a-dia, como consultas médicas freqüentes, exames invasivos e tratamentos demorados, como a quimioterapia. Tudo isso pode afetar o seu estado geral e demandar mudanças.

2) Posso fazer exercícios físicos ou devo ficar em repouso?

Sabe-se que a rotina após o diagnóstico de câncer muda muito; são consultas, exames, tratamentos freqüentes. É aconselhável levar a vida o mais próximo ao normal possível. Caso você não tenha o hábito de fazer exercício físico regularmente, converse com o seu médico. Se você já se exercita, tente manter as atividades o mais próximo ao ritmo normal, mas escute o seu corpo – respeite momentos de descanso para recuperação de energia.

3) Em que situação devo procurar o Hospital?

Em geral, pacientes são orientados a procurar o serviço de saúde em caso de febre (temperatura maior ou igual a 37,8ºC); falta de ar súbito; convulsões; confusão mental; dor de aparecimento abrupto ou difícil de suportar; mal estar intenso, mesmo que não se saiba o porquê; diminuição de força nas pernas de aparecimento recente; náusea ou vômito que impedem a alimentação ou ingesta de líquidos; diarréia intensa.

4) A quimioterapia em comprimido é tão eficaz quanto a quimioterapia intravenosa?

Nas últimas décadas, a ciência tem avançado muito. A possibilidade de fazer quimioterapia utilizando comprimidos é um exemplo claro desse avanço, visto que o paciente pode fazer o tratamento contra o câncer em sua própria casa. Mas a quimioterapia via oral está disponível apenas para alguns tipos de câncer, ou seja, cada quimioterapia tem uma indicação específica. O comprimido pode ser mais eficaz que a medicação pela veia em alguns casos e menos eficaz em outros, se não for a indicação correta da medicação.

5) Toda quimioterapia faz cair o cabelo?

Não. A queda de cabelo depende do tipo de quimioterapia usada e da sensibilidade do paciente ao tratamento. Vale lembrar que a queda de cabelo é temporária, isto é, após o término do tratamento, o cabelo volta a crescer normalmente.

6) Meus familiares podem usar o mesmo banheiro que eu durante o período de quimioterapia?

Sim. Apenas alguns tipos de quimioterapia são eliminados pela urina ainda com ação do medicamento. Converse com o seu médico e veja se a quimioterapia que está usando exige algum cuidado especial.

7) Posso tomar sol durante o meu tratamento?

Alguns quimioterápicos podem aumentar a sensibilidade das células da pele e, se exposta ao sol, podem ocorrer manchas ou até mesmo queimaduras. É importante conversar com o médico para tirar dúvida relacionado especificamente ao seu tratamento.

8) Existe algum tipo de risco para as pessoas que convivem comigo durante a fase em que estou fazendo radioterapia?

A radioterapia é um tratamento muito útil na área de oncologia. Ela tem diferentes indicações e diferentes formas de aplicação, podendo ser externa ou interna (braquiterapia). A mais freqüentemente indicada é a radioterapia externa, em que o paciente recebe raios de radiação na região do câncer, evitando-se ao máximo afetar as células normais nas áreas próximas ao câncer. No caso da radioterapia interna, material radioativo é temporariamente introduzido no câncer. Ambos os tratamentos são ambulatoriais, isto é, o paciente vai e volta do hospital a cada sessão e o paciente não se torna radioativo após o tratamento. Assim, o paciente em tratamento radioterápico pode conviver normalmente com as pessoas.

9) Pólipos no intestino ou miomas no uterino podem virar câncer?

Pólipo é um tumor benigno, que pode parecer uma verruga, que se forma na mucosa do intestino (cólon e reto). Em geral, o pólipo começa bem pequeno e cresce lentamente no decorrer dos anos. Pouco mais da metade dos pólipos do intestino, quando avaliados em laboratórios, são do tipo “adenoma”- considerados “pré-malignos”. Esse tipo de pólipo tem grande chance de se desenvolver em um câncer de intestino. Os outros tipos de pólipos não são preocupantes. Para saber se o pólipo é ou não um adenoma, é necessário fazer biópsia por meio de colonoscopia ou cirurgia para retirar o pólipo e análise laboratorial do pólipo. Ao contrário dos pólipos intestinais, os miomas no útero da mulher são tumores benignos que não se tornam malignos. Muitas mulheres podem ter miomas e nem saber que os tem. Os miomas podem aparecer em vários locais do útero, em diversos tamanhos, provocar ou não sintomas. O tratamento pode ser cirúrgico, mas em muitos casos pode-se apenas observar clinicamente a sua evolução.

10) Participar de pesquisa é seguro?

Antes de uma pesquisa ser oferecida a um paciente, muitas etapas são cumpridas para garantir a segurança do paciente. Um projeto de pesquisa é analisado por várias comissões que envolvem diferentes profissionais a fim de assegurar a questão ética e legal da pesquisa. Muitas vezes, participar de uma pesquisa acaba sendo uma oportunidade de receber um tratamento inovador para o controle do câncer.

sábado, 15 de outubro de 2011

Cuidados Paliativos

O paciente com câncer apresenta uma gama de sinais e sintomas de ordem física, emocional, psicológica e espiritual que surgem desde antes do diagnóstico e podem se estender durante toda a evolução da doença. Esses sintomas acarretam uma piora na sua qualidade de vida e na resposta ao tratamento direcionado ao câncer, além de conseqüências aos seus familiares e tais sintomas devem ser controlados continuamente.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) enfatiza que o tratamento curativo direcionado ao câncer deve ser acompanhado com o controle de sintomas relacionados à doença e ao próprio tratamento, de forma impecável desde a época do diagnóstico, passando pelas fases de progressão da doença ou a cura do câncer.

A forma de tratar o paciente em sua totalidade chama-se Cuidados Paliativos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida não só ao paciente mas também aos seus familiares através de uma abordagem total às suas necessidades físicas, emocionais, psicológicas, sociais e espirituais, feita por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar de forma ativa, contínua, dinâmica e antecipatória.

Para realizar o atendimento multidisciplinar, o serviço conta com uma equipe composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, assistente social, psicólogos, fisioterapeutas, voluntários e representantes religiosos. Dessa forma, o paciente é valorizado em sua totalidade e não apenas de forma fragmentada, como apenas um portador de câncer.

Assim como em países do primeiro mundo, o Hospital A. C. Camargo oferece esse tipo de tratamento aos seus pacientes. Criado em 2004, tem como objetivo controlar os sintomas de forma impecável, valorizando a vida e o paciente mais do que a própria doença. Dessa forma, o paciente recebe respeito, dignidade e conforto concomitante com o tratamento direcionado especificamente ao câncer como a quimioterapia, cirurgia ou radioterapia, e assim, atendendo o paciente em sua totalidade e em todas as fases da doença.

Integração


O trabalho da enfermagem visa esclarecer as atribuições dos cuidados paliativos, avaliar as condições gerais do paciente, internado ou em tratamento ambulatorial, e traçar um plano de cuidados adequado para atender suas necessidades, de seus familiares e cuidadores.

A abordagem nutricional dos pacientes em cuidados paliativos consiste em promover uma orientação dietética individualizada que atenda às necessidades calóricas e limitações inerentes à doença, otimizando todos os recursos possíveis para a reabilitação alimentar.


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Oncologia Clinica

O grande diferencial de realizar o tratamento em um centro especializado e de referência é a possibilidade de unir a expertise dos profissionais à abordagem multidisciplinar, de forma que todas as especialidades atuem na escolha da melhor conduta para o tratamento.

Esta integração é uma marca registrada do Hospital A. C. Camargo e que no serviço de Oncologia Clínica, fica ainda mais visível. Composto por uma equipe de oncologistas clínicos, especializados em clínica médica, oncologia ou hematologia, o serviço está preparado para oferecer um atendimento sistêmico e globalizado.

A especialidade atua no acompanhamento clínico dos pacientes com tumores sólidos ou hematológicos, em tratamento ambulatorial ou internado. Participa do planejamento do tratamento, de forma multidisciplinar e em conjunto com os departamentos cirúrgicos, administra os tratamentos de quimioterapia, quimio-imunoterapia e realiza os transplantes de medula óssea (TMO).

Os serviços oferecidos refletem a evolução em relação aos conhecimentos adquiridos sobre os mecanismos das doenças neoplásicas. Recursos como biologia molecular, marcadores tumorais e métodos de imagem garantem diagnósticos precoces e condições de tratamento mais adequadas.

A equipe de Oncologia Clínica do Hospital investe ainda em ensino e pesquisa participando de protocolos experimentais de tratamento, internacionais e multicêntricos, além de realizar protocolos e trabalhos de iniciativa própria, sempre com o consentimento do paciente e seguindo as normas éticas internacionais.

Transplante de Medula Óssea

É a Oncologia Clínica que realiza dois tipos de transplante de medula óssea: o alôgenico, em que a medula "doente" é trocada por uma medula "nova" (casos de leucemias agudas e crônicas, algumas formas de linfoma e mieloma múltiplo) e o autólogo, em que a doença não está na medula óssea, mas sim em outro órgão. Nestes casos, é necessário congelar a medula antes do tratamento em função das elevadas doses de quimioterapia que os pacientes recebem.

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Tratamento de Hemangiomas

Os hemangiomas representam um tipo de anomalia vascular visualizados como manchas ou tumores. Podem ser observados desde a infância e persistem, eventualmente, até a idade adulta. São negligenciados por médicos e familiares, por serem considerados como "manchas de nascença".

O Departamento de Cirurgia Reparadora do Hospital do Câncer A. C. Camargo, composto por especialistas, é referência nacional no planejamento do tratamento clínico ou cirúrgico das anomalias vasculares. Por meio de uma atuação multidisciplinar, adicionando avanços nos métodos diagnósticos e nas opções terapêuticas, a equipe acompanha as mais modernas técnicas mundiais.

Por conta do know-how, a equipe realiza uma abordagem específica para os dois tipos básicos de anomalias vasculares: as transitórias - que aparecem nos primeiros meses e podem desaparecer até a primeira década de vida e as permanentes que acompanham o paciente por toda a vida.

A classificação clínica de Curado, adotada nacionalmente, divide as anomalias vasculares agrupando lesões que apresentam a mesma história natural, aspecto ao exame físico, histologia e evolução. São eles: Hemangiomas Planos, Hemangiomas Fragiformes e Tuberosos, Hemangiomas Cavernosos, Linfangiomas e Síndromes Hemangiomatosas. As Síndromes Hemangiomatosas mais freqüentes no nosso meio são: Sturge-Weber, Klippel-Trenaunay, Kasabach-Merrit e Proteus.

Dentre os diferentes tipos de lesões, os Hemangiomas Fragiformes e os Tuberosos são transitórios.

Como identificar um "hemangioma"?

Os Hemangiomas Planos são manchas vinhosas bem delimitadas na pele e nas mucosas, presentes desde o nascimento e que não regridem. As manchas podem ser mínimas ou extensas, podem causar hipertrofia e desenvolver nódulos em sua superfície. O tratamento indicado é o laser "Flashlamp-pumped pulsed dye laser", que tem menor índice de seqüelas.

Os hemangiomas planos não devem ser confundidos com as manchas róseas freqüentes nos recém-nascidos, localizadas principalmente nas pálpebras e nuca. Estas manchas desaparecem no primeiro ano de vida.

Os Hemangiomas Fragiformes e Tuberosos surgem e se desenvolvem rapidamente durante o primeiro mês de vida, em volume e extensão. Quando a pele está comprometida apresenta a textura similar à do morango.

O crescimento abrupto observado nestes casos é decorrente de proliferação celular.

Os Fragiformes têm tendência circular e, em 80% dos casos, situam-se no segmento cefálico.

Os Tuberosos surgem de vários pontos e podem atingir grande extensão ou assumir características alarmantes: promovem a obstrução de vias aéreas, digestivas ou de visão, são massas deformantes, sofrem ulcerações de tratamento e cicatrização difíceis. Em raros casos, tornam-se uma ameaça à vida do paciente. As pequenas lesões podem ser apenas observadas.

Eventualmente, estes hemangiomas são removidos quando localizados em região sujeita a provocar desconforto ao paciente, desde que não provoque seqüela estética ou funcional. Os hemangiomas tuberosos extensos devem ser tratados com medicamento, precocemente, com o objetivo de interromper o crescimento, durante as primeiras semanas ou meses de vida. O corticóide é a primeira opção terapêutica. Outros medicamentos podem ser prescritos de acordo com a situação clínica.

Os Hemangiomas Cavernosos podem ser visíveis como tumores arroxeados. Comprometem a pele e outras estruturas mais profundas, como subcutâneo, músculos e ossos. São más-formações que estão presentes desde o nascimento e sofrem alterações proporcionais ao crescimento da criança. O diagnóstico, nas lesões superficiais, pode ser clínico; as lesões mais profundas, por sua vez, exigem exames de imagem para confirmação da natureza vascular da afecção, da extensão e das estruturas afetadas (ultra-som, cintilografia com hemácias marcadas, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou arteriografia).

As pequenas lesões podem ser tratadas com escleroterapia e laser. A cirurgia deve ser indicada somente quando não causar seqüelas funcionais ou estéticas, ou como último recurso em circunstâncias de hemorragia ou crescimento progressivo. Aquelas com componente arterial podem ser tratadas com embolização, por meio da arteriografia superseletiva.

Para todos os casos de anomalias vasculares da infância, o tratamento com radioterapia foi abandonado, em decorrência dos efeitos colaterais permanentes e, principalmente, porque existem melhores opções terapêuticas.


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Tratamento com Iodoterapia

Unidade de Terapia Radioisotópica
            
O Tratamento
O Tratamento do Câncer da Tireóide é feito por meio de cirurgia e é complementado com o uso terapêutico do Iodo 131.

O objetivo do uso do Iodo 131 é erradicar todos os possíveis microfocos de tecido tireoidiano que porventura não possam ser removidos cirurgicamente e ainda tratar simultaneamente as possíveis lesões existentes em outros órgãos do corpo (metástases)

Para se alcançar este objetivo são empregadas doses de Iodo 131 que é a forma radioativa do Iodo comum e apresenta a propriedade de se fixar seletivamente nos tecidos a serem tratados; produzindo-se uma irradiação com conseqüente eliminação dos tumores de dentro para fora.

Devido à seletividade da concentração observada, o tratamento é muito eficaz e tem mínimos efeitos colaterais para o paciente; mas a existência de radiação requer a internação em quartos especialmente preparados.

As Acomodações


O Hospital A. C. Camargo está inaugurando uma nova e moderna unidade para este tipo de tratamento, onde todas as providências foram tomadas para se alcançar níveis de conforto único para os pacientes nas cinco novas suítes.

Nossas novas instalações foram agradavelmente decoradas e equipadas com telefones, TV a cabo, DVD e Internet no quarto, com câmeras que permitem 24 horas por dia de comunicação do paciente com os seus familiares mesmo em casa.

Além dos novos itens de conforto, todos tratamentos são conduzidos pela equipe de Medicina Nuclear do Hospital, que tem longa experiência com os procedimentos diagnósticos e terapêuticos da área, assim propiciando segurança e eficiência na sua aplicação.

Benefícios
  • Profissionais altamente treinados e qualificados para este tipo de terapia
  • Infra-estrutura moderna e maior conforto para o paciente
  • Maior eficácia do tratamento
  • Redução da necessidade novas intervenções médicas
  • Redução do tempo de tratamento

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    Tratamento com Radioterapia

    A radioterapia é um tratamento que utiliza radiações ionizantes. Nos últimos anos, esta modalidade sofreu profundas modificações. As avançadas e precisas técnicas para a administração das doses que são realizadas em modernos equipamentos com alta tecnologia, aliadas a cálculos complexos, feitos por físicos sob orientação dos radioterapeutas, têm como objetivo evitar a exposição do paciente à radiação.

    Como numa tentativa de "desviar" dos tecidos e órgãos sadios, atingindo com muito mais precisão o tumor que deve ser destruído, a integração da equipe e os avanços no conhecimento radiobiológico são, também, fatores que contribuem para a diminuição dos efeitos colaterais. Se considerarmos que, hoje, aproximadamente 2/3 dos pacientes com câncer devem fazer radioterapia em alguma etapa do tratamento oncológico, esta é uma preocupação, no mínimo, importante.

    A equipe de radioterapia do Hospital A. C. Camargo atua de forma multidisciplinar e integrada com todos os outros serviços do Hospital. Composta por médicos radioterapeutas, físicos e técnicos, conta ainda com o apoio de outras equipes como a enfermagem e a nutrição, por exemplo. Esta união e a especialização dos profissionais no atendimento ao paciente com câncer fazem o diferencial deste serviço.

    Existem várias modalidades do tratamento que podem ser administradas antes, depois ou em conjunto com a quimioterapia ou com a cirurgia. As mais comuns são a radioterapia externa (teleterapia) e a de contato (braquiterapia). A teleterapia consiste em aplicações de radiações afastadas do paciente. A braquiterapia é a radiação em contato direto com o tumor do paciente. Para os dois casos são realizadas simulações que definem quais áreas devem ser tratadas e quais devem ser preservadas. A partir de então é feito um planejamento que indica as doses e o período do tratamento.

    Vários tipos de planejamento podem ser utilizados, a depender das características de cada caso: Programas bi-dimensionais, tri-dimensionais, de intensidade modulada do feixe, com elétrons de alta energia, etc. Da mesma forma a braquiterapia pode se valer de isótopos de alta taxa de dose para o tratamento ginecológico, da cabeça e pescoço e outras localizações, e sementes radioativas para os tumores oculares e da próstata.


    A radioterapia conta, ainda, com o auxílio de informações obtidas pelos exames clínico, anátomo-patológico e de imagem, como o PET-CT, por exemplo, que dá a precisa localização e nível de atividade do tumor. A definição do tratamento (aplicações, doses) é realizada pela equipe multidisciplinar e depende da extensão e localização do tumor. Em todas as situações, o melhor método é selecionado para que a dose se concentre na área do tumor evitando os tecidos normais vizinhos, protegendo os órgãos normais, aumentando as taxas de cura e reduzindo os efeitos colaterais do tratamento.

    Inovação
    Disponível em poucos centros do país, a radioterapia intra-operatória é uma técnica inovadora que consiste em associar a aplicação de radioterapia à cirurgia, no mesmo ato. Utilizada com freqüência para irradiação parcial da mama, com uma aplicação de dose única, o procedimento substitui as trinta aplicações diárias de radio que deveriam ser realizadas no Hospital. Para viabilizar esta técnica foi projetada uma sala cirúrgica exclusiva na Radioterapia.

    Outra novidade, em fase de implantação, é a radiocirurgia, procedimento indicado para tratamento de tumores de difícil acesso no interior do cérebro que permite localizar e tratar as lesões, sem necessidade de cortes.

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    Tratamento com Quimioterapia

    A quimioterapia é uma modalidade de tratamento que utiliza medicamentos específicos para a destruição das células cancerosas. Como atuam em diversas etapas do metabolismo celular, as medicações alcançam as células malignas em qualquer parte do organismo com o objetivo de diminuir ou cessar a atividade do tumor.

    A aplicação da quimioterapia é definida pelo médico oncologista e pode ser realizada durante a internação ou em ambulatório. O tratamento quimioterápico pode ser realizado com um único medicamento ou através da combinação de vários deles (mistura de drogas e doses), por via intravenosa (na veia ou por catéteres) ou via oral (comprimidos ou cápsulas).

    O tratamento pode ter indicação como terapia exclusiva, adjuvante ou neo-adjuvante. A terapia exclusiva é quando o principal tratamento adotado para combater o câncer é o de quimioterapia. Adjuvante, é geralmente o tratamento complementar aplicado após o tratamento primário, como a cirurgia, por exemplo. E, neo-adjuvante é o que precede a cirurgia, utilizado para diminuir o tumor e a agressividade do procedimento.

    Em todos os casos, o tratamento é acompanhado pelo médico oncologista que avalia a eficácia da terapêutica adotada e decide, a partir dos resultados e das reações orgânicas de cada paciente, a necessidade de adotar algum ajuste em relação aos medicamentos. Além da quimioterapia, existem outros medicamentos utilizados no tratamento do câncer como antagonistas hormonais, anticorpos monoclonais e outras modalidades da chamada terapia alvo-dirigida.

    Efeitos colaterais

    O tratamento quimioterápico é complexo e pode ser mais ou menos agressivo, interferindo na produção de proteínas e bloqueando processos metabólicos comuns ao tumor e aos tecidos sadios (como medula óssea, couro cabeludo, pele e mucosas), que acabam sendo mais afetados de forma indesejada pela medicação.

    Por isso, durante este tipo de tratamento efeitos colaterais podem ocorrer, variando em freqüência e intensidade, de pessoa para pessoa. Daí a importância da análise do oncologista em relação a fatores como idade, sexo, peso, condição de saúde e histórico médico, para determinar a melhor conduta de tratamento.

    Sintomas mais comuns: anemia, fadiga, suscetibilidade a infecções (leucopenia), lesões orais (mucosite), náuseas e vômitos, diarréia e queda de cabelo (alopecia). Alguns desses efeitos são bastante transitórios, podendo ocorrer apenas por alguns dias após a aplicação da quimioterapia; outros podem durar um pouco mais ou, às vezes, persistir durante todo o tratamento. Mas, a maioria deles cessam após o término das sessões.

    Em alguns casos os efeitos colaterais podem ser mínimos ou até inexistentes. Isso não significa que a quimioterapia não está fazendo efeito. É importante discutir todos os sintomas com seu médico que providenciará alívio para grande parte dos efeitos colaterais.
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    Prevenção e Diagnóstico Precoce

    Com base em seu conhecimento e experiência, o Hospital A.C. Camargo desenvolve forte trabalho com foco em diagnóstico precoce e prevenção do câncer. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que:

    • 30% dos casos de câncer poderiam ter sido evitados com medidas de prevenção primária.
    • 30% das mortes por câncer poderiam ter sido evitadas com diagnóstico precoce.
    • 95% dos tumores diagnosticados precocemente são passiveis de cura.

    Os dados da OMS são suficientes para mostrar a relevância do trabalho desenvolvido pelo Hospital A.C. Camargo que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre os fatores de risco da doença e a importância do diagnóstico precoce como passo fundamental para se alcançar a cura.

    O Hospital sempre apostou na informação como fator importante de suas ações direcionadas à prevenção do câncer. Ações bem-sucedidas, com foco em diagnóstico precoce e prevenção do câncer, praticadas pelo corpo clínico com foco no público interno – funcionários, pacientes e visitantes – integram o cotidiano do Hospital.

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    Tipos de Câncer

    Frequentemente, são realizadas pesquisas sobre os mais de 800 tipos de tumores identificados pela Medicina. Os resultados desses trabalhos podem propor novas abordagens e modalidades terapêuticas para o tratamento da doença. Assim, em uma proposta de atualizar as informações, reunimos um extenso material sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de cada um desses tumores.

    Começamos com os tipos mais comuns e de maior incidência no Brasil propondo, em uma linguagem clara e objetiva, informações sobre os recursos terapêuticos disponíveis e sobre sintomas mais comuns, entre outras. Todo este material foi devidamente aprovado pelos médicos da equipe que trata o tumor em questão e por um conselho editorial.

    No entanto, essas informações servem como base e não inviabilizam a necessidade da consulta com o médico, que tem condições de orientar o paciente, familiares e cuidadores sobre os procedimentos mais comuns para cada dúvida. Nosso objetivo é promover uma maior compreensão em relação as eventuais dúvidas que surgem durante o processo de tratamento do câncer.

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    O que é Câncer

    Câncer é a proliferação descontrolada de células anormais do organismo. As células normais do corpo vivem, se dividem e morrem de forma controlada. As células cancerosas são diferentes, não obedecem a esses controles e se dividem sem parar. Além disso, não morrem como as células normais e continuam a se proliferar e a produzir mais células anormais.

    Essa divisão descontrolada das células é provocada por danos no DNA, o material genético presente em todas as nossas células e que comanda todas as suas atividades, inclusive as ordens para a célula se dividir. Na maior parte das vezes, o próprio DNA detecta e conserta seus erros. Nas células cancerosas, porém, o mecanismo de reparo não funciona. Esses defeitos no mecanismo de reparo podem ser herdados e estão na origem dos cânceres hereditários. Na maioria dos casos, porém, o DNA se altera por causa da exposição a fatores ambientais, entre eles, o fumo, sol, alguns vírus e alimentação.

    As células cancerosas geralmente formam um tumor, uma massa de células com crescimento anormal. Existem exceções, como as leucemias, em que as células doentes estão presentes no sangue e percorrem o corpo todo. Freqüentemente, as células cancerosas se desprendem do tumor, viajam para outra parte do corpo onde passam a crescer e a substituir o tecido sadio, num processo chamado metástase.

    Nem todos os tumores são cancerosos. Os chamados tumores benignos não têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo, mas merecem atenção e podem exigir tratamento, dependendo do local onde aparecem.

    Diferentes tipos de câncer têm comportamentos diferentes, exigem tratamentos diferentes até mesmo quando se trata de câncer do mesmo órgão. Há cânceres de próstata extremamente agressivos, de progressão rápida e outros menos agressivos, de desenvolvimento lento. Por isso, o tratamento é específico para cada caso.

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    Câncer de Peritônio

    O peritônio é uma membrana que reveste a parte interna da cavidade abdominal e recobre órgãos como o estômago e os intestinos. Toda essa camada é rica em vasos do sistema linfático, que funcionam como sistema de defesa do organismo.

    O câncer de peritônio pode ser classificado como primário ou secundário. Chama-se primário o câncer que se forma na própria membrana e secundário quando ele inicia em algum órgão da região - sobretudo intestinos, ovário, útero, estômago, pâncreas – e se implanta no peritônio.

    O câncer primário de peritônio é conhecido como mesotelioma e também pode originar-se dele um carcinoma semelhante ao câncer de ovário. Já o câncer que vem de outros órgãos e se implanta no peritônio é conhecido como carcinomatose peritoneal.



    Câncer primário no peritônio

    O câncer primário no peritônio é considerado raro, acometendo algo em torno de quatro ou cinco pessoas numa população de 100 mil. Seus fatores de risco ainda não são muito bem conhecidos e a doença não apresenta sintomas específicos.

    Quando progride, o câncer primário no peritônio favorece o aparecimento de nódulos, podendo causar dor abdominal e acúmulo de líquido. Como em qualquer tumor, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, mais positiva é a resposta ao tratamento. O tratamento é baseado na quimioterapia, que ataca e minimiza o tumor. Em alguns casos, após reavaliação médica, se opta por procedimentos cirúrgicos que visam remover lesões residuais e por quimioterapia intraperitoneal hipertérmica.

    Quando o peritônio é o segundo alvo

    Mais frequentes do que os diagnósticos de câncer primário no peritônio são os casos em que um tumor de estômago, intestino ou ovário, por exemplo, cresce, se espalha e se implanta no peritônio. Nessas situações, células tumorais se desgrudam do órgão acometido e conseguem migrar e se implantar no peritônio, contribuindo para a disseminação da doença. É o que os médicos chamam de carcinomatose peritoneal. Quando a doença alcança esse estágio, os recursos terapêuticos abarcam desde quimioterapia até intervenções cirúrgicas.

    Sintomas do câncer de peritônio


    Os sintomas da doença podem incluir dor abdominal, massa abdominal, aumento da circunferência abdominal, distensão do abdômen, ascite (fluído no abdômen), febre, perda de peso, fadiga, anemia e distúrbios digestivos.

    Tratamento

    A carcinomatose peritoneal é tratada, habitualmente, com quimioterapia por via venosa. Nos casos de implantes peritoneais de tumor mucinoso de apêndice ou ovário (Pseudomyxoma peritonei) e mesotelioma, a melhor forma de tratamento é a cirurgia citorredutora que consiste na retirada de tudo aquilo que é visível e na lavagem da cavidade abdominal por uma hora e trinta minutos com uma solução contendo quimioterápicos aquecida até 42ºC. Essa modalidade de tratamento também pode ser usada para carcinoma primário do peritônio, câncer no ovário e intestino grosso, na maioria das vezes, após quimioterapia venosa.
    O Hospital A.C.Camargo é pioneiro na cirurgia citorredutora associada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica. Iniciou esses procedimentos em 2001 tendo hoje, aproximadamente, 150 casos tratados com resultados iguais aos dos melhores centros de tratamento do mundo.

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